quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

formulando novos paradigmas



Proponha-se a fantasiar Deus como se fosse um relógio. ― uma parábola mecânica de um livro técnico com pitadas de anomalias espaço-temporais. A abertura atrás do relógio nos mostra seu mecanismo em ação e as engrenagens em seus movimentos caóticos parecem-nos confusos, aleatórios. Então Deus é caos? Não. Sabemos que Deus é perfeição.

Observe o mecanismo com novos olhos, proponha-se a ver o seu funcionamento sob a perspectiva de que o caos aparente é a essência da perfeição, sem estas engrenagens e molas que giram e se estendem em muitas direções, o relógio não funcionaria.

Eu já havia percebido que o caos no mundo não passa de um mecanismo bastante exato. Para se alcançar os desígnios desejados pelas almas, elas se submetem a experiências que nos parecem incompreensíveis e até mesmo contrárias. Sabemos que o resultado final sempre será a perfeição, mesmo assim, os meios podem sugerir que enfrentamos situações de despreparo, sofrimento e caos quando, na verdade, é exatamente o contrário. Portanto em outra ocasião me elucidaram que:


“Deus é o relógio. ― já sabia disto. ― Estas peças são nós. Fragmentar Deus é só um experimento Dele para poder perceber as interações entre as suas partes, que chamamos de Espíritos. E o meio como estes espíritos se experimentam chamamos de tempo. Apreciar como os espíritos assimilam as suas ações particulares ou coletivas, fragmentando o movimento do relógio, nós chamamos de tempo. ― isto eu não sabia.

Complementei. ― Para Deus, portanto, é um meio para que Ele possa se conscientizar minuciosamente. Fragmentando-se e permitindo que estes fragmentos se inter-relacionem, dando-lhes a oportunidade de contemplar esta ação através de sua dilatação ou nova fragmentação, o tempo.

Talvez o milagre esteja no fato de que os seus filhos possam tomar conhecimento deste ato, de seu Deus, e conseguir perceber que tudo já possui um fim.

E respondi um pouco assustado. ― E os meios se justificam!

[...] O caminho é a verdade! As suas divagações implicam que entende uma parte do conceito. Mas admite que todas as suas observações só servem quando dois observadores possuem as mesmas opiniões sobre. Além do mais, existem eventos que ainda fogem à sua compreensão. O tempo não existe, embora ele exista para você”.

Livro de Mateus, Mateus Göettees.


A primeira vez que li a respeito de que, como filhos de Deus, somos fragmentos decisivos em Suas experiências foi através de Neale Donald Walsch. “Imagina que a alma humana enfrenta os desafios da vida por acaso? – Quer dizer que a alma escolhe que tipo de vida terá? – Não. Mas pode escolher as pessoas, os lugares e os eventos, as condições e circunstâncias, os desafios e os obstáculos, as oportunidades e opções para criar a sua experiência”. Conversando com Deus.




Um comentário :

  1. Então, vamos lá... Você me provocou, agora eu não vou parar de escrever no seu blog.

    Segundo o dicionário Priberam da língua portuguesa, paradigma é algo que serve de exemplo geral ou de modelo, um padrão. Daí, seu muito bem escrito artigo propõe como padrão para exemplificar a Deus um relógio. E no seu aparente caos está um ordem perfeitamente perfeita, certo?

    Ouso discordar, simplesmente porque Deus é incomparável. Tudo o que podemos imaginar para exemplificá-lo não será, nem de longe, suficiente.

    Muitos tentaram definir Deus por meio de exemplos e comparações. Mas, a definição melhor quem nos dá é João, em sua primeira epístola, no capítulo 4, de beleza impar (recomendo enfaticamente a leitura de 1ª Jo 4.7-21). Diz o apóstolo no verso 16 do citado capítulo: "DEUS É AMOR, E AQUELE QUE PERMANECE NO AMOR PERMANECE EM DEUS, E DEUS, NELE."

    E, não se está falando de amor como aquele que sentimos pela esposa, pelo marido, pelo pai, pelos filhos, pelos irmão e primos. É o amor em sua essência mais profunda, que os gregos tentaram definir como amor Agape.

    DEUS É AMOR!!!

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